}} Troca de presunto
Fulana: já teve o interro de Juaninha?
Cicrana: inda não foi pussível, o corpu vai chegá hoje em Queimadu, tava em São Gonçalu...
Fulana: comu que podi um lanci dessi?
Cicrana: já tinha interradu em São Gonçalu e a que tava errada aqui tava na capela, as fia chorandu e dizendu que a mãe sofreu pra morrrer, tava muitu magrinha sabe? Aí a vizinha dissi pra não interrá que num era ela e brigô com todo mundo, antis do caxão descer, qui quiria vê dinovu... aí convinceu uma das fia de voltá no spital... ihh deu di cara lá com a fia da outra difunta quebrandu pau, querendo expricação...
Fulana: agora cê vê... bota a culpa no médico e no hospital... como podi a filha não ter riconhecido a mãe mortinha? Os amigu tão valendu mais que os filhu, si não fossi a vizinha ninguém ia sabê.
}} Ambulante vendendo chiclete
Ambulante: aí pessoal promoção pras criança! 100 chicrete big big por 2 real! O vendedô garante: o produto tá na validade e não é robado, juro pela minha sogra mortinha! Olha aê, já vai na sacolinha de prástico...
}} Macabro: couro cabeludo no colo da moça
Japeri superlotado por conta de atrasos na saída da Central... quando chegou em Madureira embarcaram os vândalos que tem fobia das portas fechadas e se penduram como se estivessem numa prancha de surf... surge o conto do couro cabeludo:
- moça: nem quero ficar olhando, esses caras são completamente doidos, já vi uma vez um cair e se machucar todo...
- rapaz: pois é, eu já vi um cara morrer nessa situação, mas eles merecem, são muito abusados. O cara deu de frente com uma pilastra, perdeu a cabeça e o couro cabeludo caiu pro lado de dentro do trem, no colo de uma moça... os vidros ficaram cheios de sangue e o corpo ficou de cabeça pra baixo, preso na porta... o amigo que estava com ele começou a chorar... o corpo nem foi achado depois.